O Sulpetro – Sindicato que representa os postos de combustíveis no Rio Grande do Sul – vem a público externar sua preocupação com as tratativas entre o governo federal e o movimento dos caminhoneiros, no que diz respeito, principalmente, ao fato de não haver qualquer sinalização de negociação envolvendo os custos para a gasolina, mas somente do óleo diesel.
O segmento varejista de combustíveis defende a tributação monofásica para a gasolina, pois o Rio Grande do Sul é o terceiro estado com a maior alíquota de ICMS do País. A proposta do ramo varejista é que haja uma solução não unicamente para o diesel, mas também para a gasolina. É necessário que o governo se responsabilize sobre o peso dos impostos em relação aos combustíveis e seus efeitos à sociedade. No caso da gasolina, quase 50% do valor do produto são impostos federais e estaduais.
Diante da paralisação dos caminhoneiros, que já dura cinco dias, os postos não têm mais produto para oferecer aos consumidores, amargam prejuízos incalculáveis por tempo indeterminado e ainda têm de honrar compromissos financeiros, com a folha de pagamento de funcionários, aluguéis, encargos sociais, energia elétrica, entre outros.
A margem de lucro dos postos de combustíveis – que são 2.800 estabelecimentos no Estado – vem se deprimindo gradativamente devido à alta carga tributária dos produtos, à crise econômica brasileira, e às constantes altas do dólar e à elevação do preço de barril de petróleo no mercado internacional.
O Sulpetro entende ainda que a greve dos caminhoneiros já demonstrou à população a importância do movimento; no caso, a necessidade da redução dos custos dos combustíveis, especialmente do óleo diesel. Contudo, a instituição ressalta que o momento é de que haja um acordo efetivo urgente entre União e os caminhoneiros para que não se tenham mais prejuízos, não somente financeiros, mas que envolvam a saúde dos cidadãos, a rotina das pessoas e a ordem pública nacional.